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Lula pede que Obama negocie retaliação 'rapidamente'

10/03/2010 15:59

Em discurso nesta quarta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente ao dos Estados Unidos, Barack Obama, que coloque uma equipe do governo americano para negociar "rapidamente" com o governo brasileiro a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que autorizou o Brasil a retaliar produtos dos EUA.

 

O presidente frisou que o Brasil não quer entrar em confronto com os Estados Unidos, mas quer que a decisão da OMC seja respeitada.

 

"Queria pedir ao companheiro Obama que colocasse as suas pessoas para negociar rapidamente. O Brasil não tem nenhum interesse em nenhuma confrontação com os Estados Unidos, mas tem interesse em quem os Estados Unidos respeitem a decisão da OMC tanto quanto o Brasil respeitará a OMC quando ela decidir contra nós", disse Lula, durante a inauguração de uma usina termelétrica em Cubatão (SP).

Lista de retaliação

Nesta semana, cumprindo a decisão da OMC, o Brasil divulgou uma lista de cem produtos que terão o Imposto de Importação reajustado (em alguns casos, a alíquota pode chegar a 100%) por conta dos prejuízos causados à economia brasileira pelo subsídio que o governo americano concede a seus produtores de algodão.

 

A retaliação em produtos, segundo o governo brasileiro, poderá chegar a US$ 591 milhões. Entretanto, o governo também informou que vai preparar outra lista, até 23 de março, que depois será posta em consulta pública, para uma possível retaliação em propriedade intelectual.

 

Rodada de Doha

De acordo com o presidente, o governo americano poderia ter evitado a decisão da OMC se tivesse feito um acordo na Rodada de Doha em 2008.

 

"Obama, os Estados Unidos são muito ricos e podem fazer o que quiserem na economia. Se os Estados Unidos tivessem, junto com o Brasil, feito um acordo na rodada de Doha, em 2008, se tivessem assinado conosco a proposta, nós não estaríamos brigando agora. O povo africano estaria vendendo seu algodão na Europa e nos Estados Unidos", disse Lula.

 

O presidente argumentou ainda que, quando uma decisão de um organismo multilateral não é respeitada, o mundo fica desgovernado.

 

Lula terminou seu discurso fazendo um apelo aos produtores de algodão dos países desenvolvidos para que transfiram a tecnologia de produção para os países africanos e, dessa forma, "darem uma chance" aos pequenos produtores do continente.

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